Financiamento de tecnologia do setor farmacêutico precisa de modelos alternativos

Apesar de ser um direito, que deveria estar acima da lógica do mercado, o acesso da população a medicamentos e outros produtos farmacêuticos é desigual ao redor do mundo. Com a pandemia da covid-19, o problema ficou ainda mais evidente no processo de distribuição das vacinas ‒ países ricos foram beneficiados pela vantagem financeira e tecnológica em relação às nações mais pobres.

A questão é discutida na tese de doutorado defendida pela pesquisadora Luiza Pinheiro (foto) no Programa de Pós-graduação em Inovação Tecnológica e Biofarmacêutica da Faculdade de Farmácia da UFMG. A autora lembra que os países desenvolvidos detêm o monopólio da tecnologia e do capital necessários para a elaboração de novos produtos. Assim, doenças ocasionadas por falta de saneamento básico ou por más condições sanitárias, típicas de países pobres, não têm muitas opções de tratamento.

Um dos modelos alternativos mencionados na pesquisa é o C-TAP, espécie de rede criada pela Organização Mundial da Saúde com o objetivo de facilitar o acesso igualitário aos produtos de saúde contra a covid-19, de modo a aumentar sua oferta. Para a pesquisadora, uma das contribuições da tese é apresentar uma perspectiva a partir da realidade de um país emergente para uma discussão que, geralmente, se restringe às grandes potências mundiais. (Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais)

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