Indústria farmacêutica chinesa cresce 126 vezes em cinco anos

Um estudo da McKinsey endossa a transformação de patamar da indústria farmacêutica chinesa nos últimos cinco anos. Segundo a análise, o faturamento das companhias do setor que estão no mercado de ações pulou de US$ 3 bilhões para mais de US$ 380 bilhões. Até pouco tempos atrás focadas nos genéricos, as empresas locais ganharam fôlego ao investir em medicamentos de especialidades, áreas terapêuticas mais rentáveis como a oncologia e doenças metabólicas. No ano passado, uma licitação do governo da China abriu ainda mais portas para essas companhias ao exigir uma redução de 48% nos custos de aquisição de 42 produtos à base de insulina, o que afastou da concorrência gigantes como Eli Lilly, Novo Nordisk e Sanofi.

Política de IFAs pavimentou indústria farmacêutica chinesa

Outra explicação para esse salto está atrelada ao foco na produção de insumos, processo que teve início nos anos 1990 e pavimentou o primeiro ciclo de desenvolvimento da indústria farmacêutica chinesa. “A globalização acelerou a abertura comercial nos países em desenvolvimento. Mas não houve uma programação para todos os setores no Brasil, inclusive para o de IFAs. A vinda de insumos do Exterior quebrou o mercado nacional porque chegaram produtos mais baratos de empresas com portfólios mais robustos”, comenta Norberto Prestes, presidente executivo da Abiquifi.
No mesmo período, a China criou um programa ambicioso para atrair fabricantes de IFAs, com incentivos fiscais, mão de obra, tecnologia embarcada e um ambiente regulatório mais flexível. “Isso fez com que as grandes empresas que estavam aqui fossem para a China ou voltassem para a sua sede. E aí perdemos o timing. De 55% de produção própria, caímos para 5%”, pontua o dirigente. (Fonte: Redação Panorama Farmacêutico)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *