O Conselho Regional de Farmácia de São Paulo (CRF-SP) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF) realizaram recentemente, na sede do Conselho, o “Workshop Nova Resolução CFF 734/2022”, um encontro voltado para farmacêuticos e responsáveis técnicos que atuam em indústria farmacêutica. As apresentações foram feitas pelo grupo de trabalho de indústria farmacêutica do CFF, equipe que ajudou a construir a nova normativa para o setor.
Publicada em agosto passado, a Resolução CFF 734/2022 entrará em vigor no mês de novembro e o evento teve objetivo de apresentar as principais atualizações e esclarecer as dúvidas sobre os impactos que a nova normativa trará ao setor. Além do evento voltado para profissionais da indústria, o grupo composto por Poatã Casonato, Alexandre Buchalla, Gustavo Mendes e Daniel Jesus também se reuniu com os fiscais do CRF-SP, para orientar quais serão as exigências que precisarão ser observadas durante as inspeções.
A nova resolução define e regulamenta as atividades do farmacêutico atuando na indústria farmacêutica, respeitadas as atividades afins com outras profissões e que o exercício da profissão farmacêutica é de competência privativa do farmacêutico. Define ainda a responsabilidade e gestão do processo de fabricação e procedimentos para autorização e manutenção dos medicamentos.
Marcelo Polacow, presidente do CRF-SP, que participou da mesa de abertura do evento, ressaltou a importância da indústria para atuação dos farmacêuticos. “Quando iniciamos a nossa gestão no Conselho havia um planejamento para estimularmos a área de indústria e o grupo técnico foi reformulado. Entendemos que o eixo tecnológico da profissão ficou defasado a partir dos anos 2000. Verificamos uma relativa perda de âmbito dentro da indústria e entendemos a necessidade de focar na valorização desse eixo tecnológico, já começando na formação do profissional. Por isso convidamos para esse evento representantes das entidades para discutirmos esse projeto e avançarmos na área industrial farmacêutica”, observou.
Para Leoberto Costa Tavares, coordenador do Grupo Técnico de Trabalho de Indústria do CRF-SP, e um dos participantes da mesa de abertura do evento, a apresentação cumpriu o objetivo. “Creio que o encontro gerou discussões que contribuíram para o entendimento da nova resolução, seus desdobramentos, relações com outros conselhos, Sindusfarma e demais entidades. Agora o desafio é colocar em prática as atualizações da resolução, o que será facilitado pelas discussões que vão suscitar a partir daqui”, avaliou.
A apresentação principal sobre a normativa ficou a cargo de Alexandre Buchalla, que ressaltou sua satisfação em representar os farmacêuticos da indústria pelo CFF e dos desafios de atualizar a norma, num trabalho de aproximadamente três anos. “Nós sabíamos que iria gerar dúvidas, mas nosso papel aqui é fomentar o conhecimento, explicar os motivos da atualização na resolução e trazer o farmacêutico para perto da gente, mostrando o ganho que eles terão com isso. Começamos em Goiás, estamos aqui em São Paulo, em novembro nós vamos para Minas Gerais e Rio de Janeiro. No começo do ano que vem vamos promover esse encontro nacional com todos os conselhos e indústrias para fechar o treinamento da nova resolução”, explicou o palestrante.
Gustavo Mendes, que também participou do workshop destacou a importância da atualização da norma. “O farmacêutico é um profissional estratégico para a indústria garantir que os produtos tenham segurança, eficácia e qualidade. A resolução anterior era antiga e precisava reforçar as novas tendências e a importância do farmacêutico em áreas estratégicas da indústria. Neste momento estamos compartilhando informações com os atores da indústria, inspetores e fiscais dos CRFs para colher informações, esclarecer dúvidas e ouvir feedback. O grupo vai continuar trabalhando nisso e fazer valer a importância do farmacêutico nessas áreas fundamentais”, disse. (Fonte: Departamento de Comunicação CRF-SP)